segunda-feira, 8 de fevereiro de 2016

EUA : O que são Superdelegados ?

            Como se sabe, nas eleições prévias para escolha dos candidatos que vão concorrer na eleição presidencial norte-americana, os eleitores manifestam sua preferência pelos candidatos, mas na verdade elegem os delegados que vão votar nas convenções nacionais dos partidos Republicano e Democrata.
            Hoje veremos que na convenção nacional de ambos os partidos votam não apenas os delegados eleitos, mas também uma categoria especial de delegados, que não são eleitos: os chamados superdelegados.
Os superdelegados no partido Democrata são de dois tipos: ou são escolhidos com base nos cargos que ocupam, tanto nas instâncias partidárias quanto no Congresso Nacional (deputados e senadores federais) e nos governos dos Estados (governadores); ou são escolhidos pelos partidos no âmbito estadual, sem necessariamente ocupar cargos partidários ou eletivos.
No partido Democrata, os superdelegados são em maior número do que no partido Republicano. Um quinto dos delegados que votam na convenção nacional do partido Democrata são superdelegados, que não estão previamente comprometidos com nenhum candidato e que em princípio podem votar no candidato de sua preferência.
            No partido Republicano, há superdelegados também, mas em menor número : são em geral três para cada Estado: o chefe do comitê estadual e dois membros do comitê nacional.
            Como dito, diferentemente dos delegados eleitos, que são indicados pelo candidato vencedor num processo eletivo (primárias e caucases), os superdelegados não estão previamente comprometidos com este ou aquele candidato de seu partido. Em tese, podem votar livremente de acordo com sua consciência.
            Na prática, porém, o que acontece é que no momento da convenção nacional os superdelegados acabam votando no candidato que obteve a maioria dos votos populares, e que indicou a maioria dos delegados eleitos.

            A princípio, o termo “superdelegados” tinha uma conotação negativa. Os críticos consideravam o sistema antidemocrático, por não serem eles eleitos pelo povo para esse fim, e por terem potencialmente um poder significativo sobre o resultado da eleição.