quarta-feira, 6 de janeiro de 2016

EUA : Estado de Michigan suprime possibilidade de voto na legenda

       O governador do Estado norte-americano de Michigan, o Republicano Rick Snyder, acaba de sancionar uma lei que exclui das cédulas de votação que serão doravante utilizadas no Estado a possibilidade de votar na legenda.
Até a edição dessa lei, o eleitor podia escolher votar unicamente no partido, e com isso eleger candidatos do mesmo partido para todos os cargos em disputa.
Para justificar sua decisão, o governador afirmou que apenas 10 Estados, Michigan entre eles, permitiam que os eleitores votassem no partido em vez de votar em pessoas: “é hora de escolher pessoas acima da política”, afirmou.
Embora a medida favoreça o personalismo já muito acentuado na política norte-americana, essa não foi a principal crítica que se fez à medida. O que seus opositores afirmam é que a possibilidade de voto na legenda tornava o ato de votar muito mais rápido, ajudando a evitar a formação de longas filas nos locais de votação.
De fato, era só marcar o X diante do nome do partido e com isso já estava feita a escolha de todos os candidatos para todos os cargos.
Para evitar que a nova medida torne a votação mais lenta e difícil, o governador requereu ao Poder Legislativo estadual que aprove uma lei permitindo aos eleitores votar por correspondência durante o período de 15 dias antes da eleição, sem ter que justificar o motivo.
Em eleições passadas, em certos condados do Estado, foi significativo o número de votos nas legendas partidárias: Em 2014, no condado de Oakland, 109.711 pessoas votaram na legenda do partido Democrata e 108.211 na do partido Republicano ; no condado de Wayne, foram 224.806 e 71.846. No condado de Macomb, foram 60.048 e 53.130. 
A lei aprovada agora prevê a destinação de 5 milhões de dólares para a aquisição de equipamentos de votação adaptados à mudança. Por causa dessa destinação, a medida não poderá ser submetida a referendo popular.