terça-feira, 21 de outubro de 2014

Brasil : Urna biométrica torna votação mais demorada

           Nesta eleição de 2014, o emprego das urnas biométricas foi significativamente ampliado. 21,6 milhões de eleitores (15% do eleitorado) estiveram aptos a votar com identificação biométrica, em 764 municípios, nas 27 unidades da Federação. Em três Estados, Alagoas, Amapá e Sergipe, e no Distrito Federal, todos os eleitores foram convocados a passar pelo recadastramento biométrico.                        
            No dia da eleição, todavia, houve falhas tanto mecânicas quanto humanas que atrapalharam a votação. Entre as primeiras, está o mau funcionamento do leitor que faz a análise da digital. Mil leitores biométricos instalados em urnas utilizadas em Alagoas, Sergipe, Pernambuco, Paraná e no Distrito Federal estão sendo reparados.
            Também foram detectadas falhas de procedimento por parte de mesários. Segundo o TSE, foi o que aconteceu em cidades do Rio de Janeiro, como Niterói. Por causa dos problemas nesse Estado, onde eleitores chegaram a ter que esperar duas horas para poder votar, o TRE-RJ chegou a editar uma resolução determinando o uso de urnas eletrônicas convencionais em Niterói. Essa resolução, no entanto, foi anulada pelo TSE.
            O TSE considera que a biometria confere mais segurança à identificação do eleitor no momento da votação, tornando praticamente inviável qualquer tentativa de fraude. Isso porque as impressões digitais de uma pessoa são únicas e a comparação na base de dados é feita por um programa de computador, o que reduz a intervenção humana nas operações eleitorais. Porém o processo ainda está em fase de ajustes e aperfeiçoamento, e o principal objetivo por enquanto é a segurança, e não a agilidade.

            Apesar das falhas, o TSE afirma que o sistema biométrico reconheceu corretamente os eleitores por meio das impressões digitais em 91,5% dos casos, e espera que esse índice chegue a 95% no segundo turno.