Nesta
eleição de 2014, o emprego das urnas biométricas foi significativamente
ampliado. 21,6 milhões de eleitores (15% do eleitorado) estiveram aptos a votar
com identificação biométrica, em 764 municípios, nas 27 unidades da Federação.
Em três Estados, Alagoas, Amapá e Sergipe, e no Distrito Federal, todos os
eleitores foram convocados a passar pelo recadastramento biométrico.
No dia da eleição, todavia, houve
falhas tanto mecânicas quanto humanas que atrapalharam a votação. Entre as
primeiras, está o mau funcionamento do leitor que faz a análise da digital. Mil
leitores biométricos instalados em urnas utilizadas em Alagoas, Sergipe, Pernambuco,
Paraná e no Distrito Federal estão sendo reparados.
Também foram detectadas falhas de
procedimento por parte de mesários. Segundo o TSE, foi o que aconteceu em
cidades do Rio de Janeiro, como Niterói. Por causa dos problemas nesse Estado,
onde eleitores chegaram a ter que esperar duas horas para poder votar, o TRE-RJ
chegou a editar uma resolução determinando o uso de urnas eletrônicas
convencionais em Niterói. Essa resolução, no entanto, foi anulada pelo TSE.
O TSE considera que a biometria
confere mais segurança à identificação do eleitor no momento da votação,
tornando praticamente inviável qualquer tentativa de fraude. Isso porque as
impressões digitais de uma pessoa são únicas e a comparação na base de dados é
feita por um programa de computador, o que reduz a intervenção humana nas
operações eleitorais. Porém o processo ainda está em fase de ajustes e
aperfeiçoamento, e o principal objetivo por enquanto é a segurança, e não a agilidade.
Apesar das falhas, o TSE afirma que
o sistema biométrico reconheceu corretamente os eleitores por meio das
impressões digitais em 91,5% dos casos, e espera que esse índice chegue a 95%
no segundo turno.