Em algumas localidades dos Estados Unidos, é possível a chamada candidatura write-in. Um candidato write-in numa dada eleição é um candidato cujo nome não aparece na cédula, mas em quem os eleitores votam mesmo assim, escrevendo seu nome na cédula. Alguns Estados admitem que o eleitor cole uma etiqueta com o nome do candidato, em vez de escrever. Candidaturas write-in são por vezes causadas por inelegibilidade do candidato. Em alguns casos, campanhas write-in têm sido organizadas para apoiar candidatos que não estão pessoalmente envolvidos na disputa, ou ainda candidaturas de protesto, de candidatos fictícios.
Na eleição para o Senado do Alasca neste ano, tudo indica que uma candidata write-in, Lisa Murkowski, será a vencedora. Ela perdeu a eleição primária do Partido Republicano, e concorreu como write-in. Sua vitória na eleição geral, se confirmada como se espera, será devida em parte à decisão de contabilizar os votos dados por eleitores que mal conheciam o modo correto de grafar o seu nome. Seu oponente do Partido Republicano, Joe Miller, cujo nome era bem mais fácil de grafar, e que constava da cédula, impugnou todos os votos com grafia errada. As autoridades eleitorais do Estado, todavia, consideraram válidos os votos em que a grafia era próxima de “Murkowski”. A lei do Alasca determina que as autoridades eleitorais levem em conta a “intenção do eleitor” no momento de contabilizar os votos write-in.
A eleição de Lisa Murkowski para o Senado do Alasca como write-in suscitou uma importante questão de direito eleitoral : até que ponto os mesários podem ajudar os eleitores que têm dificuldade de grafar os nomes de seus candidatos write-in ?